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Resumo
Joseph Novak, em 1990, desenvolveu o conceito de mapa conceitual e sua metodologia para proporcionar o entendimento de um tema a partir de suas interligações, levando a percepção de lacunas que desenvolvem mais competências e saberes. Trata-se de uma metodologia dinâmica de construção de significados e de fácil entendimento. A construção do conhecimento através da interdisciplinaridade articula-se a um conhecimento científico, técnico que também considera o conhecimento empírico do senso comum, valores culturais, sociais e éticos. O objetivo foi construir um mapa conceitual que relaciona a interdisciplinaridade na construção do conhecimento. A partir da aula da disciplina de Métodos e Técnicas da Pesquisa Avançada no Programa de Doutorado em Ciências do Cuidado em Saúde da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa em 2017, foi desenvolvido o mapa do tipo aranha, onde o tema central posiciona-se no centro, e os conceitos que dele emanam não apresentam relação hierárquica. O Mapa Conceitual inicialmente foi pensado na construção do conhecimento a partir das áreas de conhecimento segundo o CNPQ: Ciências Exatas e da Terra, Ciências Agrárias, Ciências da Saúde, Ciências Biológicas, Ciências Sociais/Aplicadas, Ciências Humanas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes e Outros. Na tentativa de uma articulação sem início ou fim, partida ou chegada e tampouco um só núcleo, criou-se o mapa como uma mandala. Os núcleos de cada área do conhecimento se comunicam, interagindo entre si sem um sentido/direção únicos ou certos, pelo contrário as setas são bidirecionais e cada área de conhecimento pode atravessar outra e todas também podem se transpassar para a construção do conhecimento. Sendo assim, aproximar-se da Interdisciplinaridade é construir utopias na prática para reconstruir o que o sistema fragmenta e oprime; viver a interdisciplinaridade e não simplesmente praticá-la como “caixas de conteúdo”, o que exige amplo sentido de entrega de si e preenchimento do outro. Construir a interdisciplinaridade como atitude pedagógica possibilita também a aproximação, cuja atitude está carregada de sentido epistemológico e não configura-se na superficialidade da repetição, da aplicação, mas na busca pela constante inquietação que nos motiva a saber, que não se cabe em si, da dúvida que se problematiza e das múltiplas “disciplinas” que não se encerram, mas que diuturnamente, se (re)constroem através do diálogo transversal.
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